olha, o cansaço sempre fez parte da minha vida. por muito tempo. inclusive quando criança, eu sentia muita vergonha, porque isso era confundido com preguiça. eu era chamada dessa forma. você é preguiçosa. sua quietude é chata. sabe o que é você voltar exausta (onde até tomar banho fica difícil) depois de voltar de um passeio incrível? eu não deveria me sentir energizada? por que estou sentindo dores pelo corpo? por que tanto sono?
essa sempre foi minha experiência.
com o tempo eu fui entendendo cada vez mais esse assunto. cada hora aparecia algo que me apontava a causa disso e não, não era apenas uma coisa. era um grande conjunto de situações.
em uma sociedade que sempre te cobra uma produtividade robótica, a vergonha em mim só parecia crescer. eu fazia sim, forçava meu corpo a ser produtiva. trabalhava muito para construir aquilo que sempre acreditei que gostaria. para me tornar boa. para provar (mais para mim mesma): tá vendo? você não é preguiçosa, quando você quer, você faz.
que grande besteira. que grande distorção.
às vezes, essa voz ainda fala na minha cabeça como os ekos tão conhecidos daquilo que absorvemos e que deixamos instalados como grandes APP’s desnecessários na nossa mente.
vou comentar sobre três camadas de cansaço hoje. elas transformaram a minha relação com meu corpo, com meu ritmo e principalmente, tirou das minhas costas a sensação de: me sentir assim é minha culpa.
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