quem nunca, naqueles momentos de insegurança, respirou fundo e falou pra si mesme: vai! você consegue! ou em alguma decepção pensou: para com isso… você merece muito mais… vamos para o momento de leitura da semana? ♥ pega o chá.
essas dinâmicas internas tem uma importância tão surreal, a gente não percebe com clareza o quanto que esse diálogo interno nos conta sobre nossa saúde mental e energética. infelizmente o mais comum é justamente o diálogo da auto crítica, do negativismo, da falta de valor próprio, da opressão. como se tivesse alguém gritando conosco internamente, nos dando bronca ou falando o quanto que determinados objetivos estão muito longe da nossa realidade.
é possível mudar essas dinâmicas. a neurociência está aí pra mostrar que você consegue “refazer” os caminhos da sua mente para algo mais saudável. graças a deusa, há opção. mas e na prática? como que isso funciona? e quando esses pensamentos juntam-se com o corpo mental ansioso, o corpo emocional triste, o corpo físico sem autoestima?
vou te contar algo que eu aprendi no meu processo de cura emocional que foi transformador e que continua sendo, assim você poderá ter uma luz em relação a aquilo que você se conta mas principalmente a aquilo que você quer acreditar sobre si a partir de agora.
a primeira coisa muito importante de entender é que a nossa tendência é o 8 ou 80. a nossa realidade da terceira dimensão é baseada nas polaridades. bom e ruim, alto e baixo. melhor e pior. embora espiritualmente nós acreditamos que no grande esquema das coisas e “acima” da visão das dimensões, não existe polaridade porque elas geralmente são conceitos relativos. isso quer dizer que o que é bom pra mim, não é bom pra você. então se é relativo, não é um conceito universal… você não pode determinar que o que é bom pra você, será bom para todo o universo e seus seres lá dentro, portanto este conceito não existe. ok. a gente compreende isso, certo? porém, contudo, todavia… nós ainda estamos na terceira dimensão, e neste exato momento, a polaridade existe nessa realidade… ignorar que ela exista, ignorar o bom e ruim não vai ser interessante. precisamos aprender a trabalhar com ela… ao invés de querer ir do 8 direto para o 80, ir para o 16, depois 24, depois 32… e assim vai.
a segunda coisa é conhecer exatamente o diálogo que tá aí dentro. deixa eu te contar a minha experiência nesse quesito.
quando eu era muito pequena, eu passei por situações emocionais graves que se seguiam de silêncio, solidão e eu lidar com o que quer que fosse sozinha. quando somos crianças não temos a maturidade emocional suficiente para lidar com várias questões. como proteção, nosso corpo e ego reprimem a situação em si ou o sentimento que ficou daquele momento pra lidar outra hora… quando tivermos possibilidade de digerir aquilo, quando o corpo sentir que aguenta. posso passar a vida inteira sem olhar isso? sem o corpo se sentir preparado? pode.
por causa dessas repressões, eu entrei, em muitas fases da minha vida, no que seria a conhecida apatia. eu não me sentia triste, nem ansiosa, mas também não sentia alegria, prazer, era tudo uma linha reta… brando, confundido facilmente com ela é uma pessoa calma (e eu sou uma ariana pelo o amor da deusa).
essas repressões, por incrível que pareça, calam as vozes internas. existe um silêncio. se você me perguntasse na época quais eram meus pensamentos negativos, eu simplesmente teria dificuldade… eu quase te diria que eu não tinha nenhum. que tava tudo certo. tudo normal.
quando comecei a trabalhar com 20 anos como professora em escolas públicas, as coisas começaram a mudar. as situações que eu enfrentava com alunos que tinham questões profundamente graves familiares, com questões básicas de sobrevivência e uma infinidade de situações emocionais, meu corpo começou a voltar a si. eu ainda não ouvia nada dessa dinâmica mas comecei a voltar a sentir meu corpo. só que ele voltou através do pânico, gastrite, medo, choro. eu não sabia lidar com aquelas situações graves dos alunos, não porque era incompetente, mas porque aquilo era o reflexo das minhas próprias questões que eu não havia digerido do meu passado.
meu corpo estava com muito medo de reviver qualquer coisa mas aquilo tudo foi um gatilho enorme e, sem considerar bom ou ruim, foi a partir dali que eu voltei a sentir algo.
passado o tempo, no contato com todas as ferramentas de autoconhecimento que conheci e no aprofundamento das minhas questões, chegamos finalmente nos meus 31 anos, onde olhei diretamente para os meus traumas. agora sim, eu permiti acessar aquilo que era reprimido. olhei para as minhas sombras, para as dores, e adivinhem… o diálogo interno se mostrou, só que após tanto tempo reprimido, veio gritando.
você não presta.
esse era o nível do diálogo que jazia abaixo do meu nível consciente. era o eco de frases que eu ouvi no meu campo familiar… era comum que as pessoas em brigas repetissem essa frase: você não presta. o erro nunca foi bem aceito na minha família, a agressão verbal e principalmente o desdém sempre fizeram parte quando algo não saia do jeito que queriam.
esse é a linha do meu diálogo interno: a voz é desdenhosa. às vezes ela grita, às vezes ela manipula, às vezes ela bota uma agulha na minha dor. esse diálogo não nasceu quando eu tinha 31 anos, ele não é fruto das situações que estavam acontecendo no agora… meu corpo só não permitia que eu ouvisse com clareza o que estava acontecendo dentro de mim há anos e anos pelo menos, porém isso não quer dizer que esse diálogo não me afetava já que eu não o ouvia claramente. veja… nossas ações e decisões são totalmente dirigidas pelo nosso inconsciente. quanto mais você tira coisinhas de lá, mais consciente você fica sobre seus padrões e crenças e se tornando consciente é quando você pode fazer algo a respeito. agora que eu sei o que eu me dizia implicitamente, eu posso reprogramar esse rolê. antes? embora existisse o silêncio e parecesse a calmaria, eu só estava existindo.
às vezes, a gente pode pensar que… talvez não seria melhor ficar naquela sensação branda? pra quê entrar em contato com a dor? pra quê olhar pra passado… já passou, deixa pra lá. o que eu posso dizer é que essa linha de pensamento é uma proteção. seu corpo e mente tentando reprimir a sua vulnerabilidade, mas como o post abaixo que uma vez eu vi no instagram diz: sem vulnerabilidade existirá menos dor, mas também existirá bem menos amor. a única coisa que eu queria era parar aqueles padrões.
uma observação… toda vez que eu aplico reiki em alguém que está com depressão, uma das maiores sensações que o campo da pessoa me fornece é silêncio. tão gigantesco, nesse contexto se tornando tão opressivo. é importante compreender o seguinte: quando você chega nas crises, quando você sente ansiedade, quando você sente raiva ou injustiça… ou principalmente, quando você se sente triste e chora por isso… é sinal de cura. você está liberando, seu corpo está se comunicando, você está em contato com o que está acontecendo dentro de você. não é simples, nem fácil. aceite ajuda. mas é o caminho para a cura. porque o nada… a linha reta, é estar tão longe de você mesme, dessa realidade, das pessoas que é praticamente, morte em vida. eu sei o que é isso e vi muitos familiares assim (infelizmente questões emocionais é algo gigantesco no meu campo familiar).
mas ok, chegamos aqui no… você não presta. vamos usar como exemplo.
eu posso sair do você não presta para o você tem valor? sair do 8 pro 80? não.
seu corpo não vai aceitar isso, você pode repetir isso 64782649 vezes, sempre vai parecer errado. é o mesmo de eu sou feia pra eu me amo. ninguém se interessa pelo o que eu falo pra sou uma excelente profissional. eu não tenho nada pra eu sou próspera. passar a vida se sentindo rejeitada pela família mas dizer eu sou amada pelo universo.
não vai funcionar. pra algo mudar no seu diálogo interno, o teu corpo precisa estar confortável com aquela frase. você precisa subir degraus, não a escada inteira. e sabe… isso vai ser muito particular. você precisa criar as suas afirmações. e pra isso, claro, você precisa acessar exatamente que frase ecoa em você dentro dos teus processos e a partir dai sair do 8 para o 16.
no meu caso… eu queria chegar do você não presta pro você tem valor. então eu fui devagar acessando aquela informação, a sensação dessas memórias, da raíz onde esse eco no meu diálogo interno começou e eu cheguei em… você existe. quando eu achei essa frase pela primeira vez, meu corpo suspirou de alívio. é muito interessante que você preste bastante atenção nas sensações porque elas são involuntárias, você não controla. elas são informações valiosíssimas. naquele suspiro eu entendi que meu corpo ficou confortável com esse novo degrau. então eu foquei nele por um tempo.
eu meditava nessa frase. eu escrevia sobre ela, eu me dizia isso no espelho. experimentando energicamente o que cada frequência significava no sentido de existir.
dentro do você não presta, existia você não existe… você tá perdida dentro dos comportamentos que você viu, que você ouvia, você é igualzinha a eles, você nunca será diferente, você é parte deles, você não existe, você só é uma extensão.
você existe, me trouxe de volta pro meu centro. eu como individuo. sabemos que na espiritualidade, existe o conceito do todos somos um, tudo é o universo em manifestação, que a separatividade é uma ilusão… é verdade. mas também é verdade que nós escolhemos vir para essa realidade para viver uma experiência individual. as duas verdades coexistem. eu precisava voltar pra mim, como um individuo. não criar aversão de onde eu vim, mas entender que eu posso fazer escolhas diferentes, que minha história pode ser diferente, que eu não sou simplesmente fruto daquilo que eu passei anos inserida.
é dito também que dentro das frequências, você subir os níveis energéticos devagar te ajuda a se manter na frequência mais alta com uma base sólida por mais tempo. sair de uma frequência muito baixa e simplesmente acessar amor incondicional faz você ‘cair’ com muita facilidade. criando muita instabilidade emocional e energética. vai um degrau de cada vez.
ainda não cheguei no 80. agora com quase 34 anos, estou em processo de integração de cada passo para reconhecer o meu valor como ser humano e como alma de forma genuína e profunda. como vocês sabem e eu já contei por aqui, eu não me interesso mais em sentir mais ou menos tal coisa, talvez por causa do tempo que passei na apatia? talvez. mas quando eu sinto algo agora, eu quero ter integridade. não porque eu devo, não porque é o certo, mas porque eu trabalhei em mim pra acessar emocionalmente, energeticamente e fisicamente o que aquilo significa.
vou deixar aqui embaixo algo que ilustra o meu processo de cada afirmação que fez sentido nesse subir da escada até agora. é claro que eu estou te dando um exemplo de um processo apenas… a gente sabe que passamos por várias coisas ao mesmo tempo, então sim, você pode ter três afirmações, por exemplo, uma para cada processo do teu momento. o que eu estou mostrando é um processo só… para não dar nó na cachola rsrs.
encontre as suas afirmações, aquilo que te um degrau a mais mas que também seu corpo não lute com ela. crie o compromisso se de banhar na energia dessa frase. quando você estiver preparada, avance outro degrau. com compaixão. compaixão, pelo o amor da deusa. não diminua a gravidade das dores que você teve na vida. respeite teu tempo e teu corpo. ele é programado acima de tudo pra cura. ele sabe o que fazer. confie nele e se dê ferramentas que te ajudem a ter mais conexão interna.
♥
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desejando sempre que você esteja bem,
Fabi, ♥
PS: semana que vem teremos novidades por aqui =X
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Perfeito, Fabi! Curiosa para as novidades também! hehehe
eu tô muito curioso pra saber qual vai ser essa novidade!!!